MEMÓRIAS JAMAIS PÓSTUMAS, DE UMA QUARTA FEIRA DE CINZAS.
NOS ARREDORES DA VILA DO POVO
O friozinho típico curitibano, se fez presente na “confraternização pré-jogo” de quem estava liberado pelos Deuses do futebol PRa tomar “AQUELA BERA” antes do certame. Já o menos afortunado com o horário ingrato da partida, teve o seu descolamento “pós trampo” atrapalhado pela “hora do rush” do centro dessa babilônia, mas nada que o tirasse do trilho, RUMO CAPA. Tá de boa, tudo dentro dos conformes, o cenário otimista traçava o roteiro ideal aguardado pelo torcedor: ÁÁÁ PIÁ é o Bahia de Feira, hoje vai ter que rolar a classificação! Esta noite acabaria sendo: Sofrível, porem ÉPICA.
MÁÁÁÁ OEEEE, QUEM QUER DINHEIRO?!
Segura esse “aviãozinho” ai… Esse é o JOGO DO MILHÃO E MEIO!
Apita o árbitro, rola a bola para o primeiro tempo da partida… Algumas chances de gol, mas o destaque absoluto desse primeiro tempo foi o latão da Bavária que estava trincando.
Pessoal da comunicação “Manda” aquele “som pedrada” que sempre rola no intervalo:
— BEBIDAS TISSOT, LUTO ARAUCÁRIA E HOSPITAL CARDIOLÓGICO CONSTANTINE.
Apita o árbitro, rola a bola para o segundo tempo decisivo…
AÉÉ que está CHOVENDO? Será que vem outro dilúvio? Não, valeu São Pedro, tomara que essa CHUVA venha PRa LAVAR.
Jogo truncado, mas com ótimas oportunidades para os dois lados, quando menos se espera, Léo Porto mandou a soja lá no contra pé… Vish 1 pros cara embaçou JÁ.
QUALÉÉÉ Marcelo, essa no travessão não podia perder cara, pelas barbas do profeta, o que é que eu vou dizer lá em casa?
Pasmem. Alex Cazumba, CAZUMBOU o pé do frango, ou melhor, foi o da CORUJA… MEU CANECO 2 pros cara, não boto uma fé.
Piá do céu, esse time ATACA E ATACA, o guarda metas adversário SALVA E SALVA, nossa torcida VAIA E VAIA… Deu ruim, perdemos o “milhote”.
Era melhor ter ido ver O FILME DO PELÉ.
Já eram nítidas as crateras de cimento sem torcedor nas arquibancadas, muitos haviam desistido (não os julgo, pois, o que os olhos não veem o coração não sente), mas quem é de SEMPRE não arredou o pé. 40 e tantos minutos, o tom era melancólico, o conformismo soprava aos ouvidos e os olhos enxergavam o que não queriam ver, nem José Mojica Marins faria filme de terror tão assustador.
Foi ai que o Inacreditável começou a acontecer, o esporte bretão e seus mistérios, literalmente foi uma caixinha de surpresas, dois minutos, dois zagueiros, dois gols, honraram a nossa camisa, a “carta na manga” era a defesa.
Boaaa THALES, que o rebento da rápida comemoração, venha cheio de saúde! Se você tivesse prolongado essa linda homenagem, eu não estaria aqui, narrando esta história.
Boaaa FABRICIO, ela pingou e você meteu a chapa, que categoria no lance e na comemoração, correu lá pra CURVA, ATITUDE CORRETA!
DESCONTROLE na bancada, EMPATAMO, HEYYYYYYYY agora é nois piazada. Não diga que a vitória está perdida, TENTE OUTRA VEZ, TOCA RAUL!
SOMOS A BIELORRÚSSIA BRASILEIRA
Pra cima deles tricolor seja quem for… P#%*@, falta marcada no bico da área PRa nois, não se preocupem, uma falta destas lá na Bielorrússia se chama GOL.
RENAN BRESSAN, você foi o cara, que gol BONITO, que cobrança BEM FEITA, que comemoração FORMOSA. Friso aqui uma entrevista, onde você disse que marcou o gol, porque sua esposa não gostava dos pênaltis, HAHAHAHA te confesso, também não sou muito adepto da loteria chamada penalidades máximas.
Inexplicável, me faltam adjetivos para comentar sobre a doidera que bateu. A VILA QUASE VEIO A BAIXO, as grades nunca haviam suportado tantos torcedores ensandecidos subindo nela. Teve louco que foi parar no hospital, nego que não esta mais aqui, com certeza se revirou dentro do seu caixão. PQP, sorrisos, abraços e lágrimas de felicidade, a sensação foi INDESCRÍTIVEL, caramba O JOGO VIROU.
NEM ME LEMBRAVA DE QUE AINDA ÉRA CARNAVAL
O árbitro encerra a partida, a massa tricolor colocou o bloco na rua em direção aos seus respectivos lares, o dever cumprido estava estampado nos rostos ainda incrédulos. Quem disse que não tem carnaval em Curitiba? Tem sim! E por sinal o berço do samba curitibano é aqui de baixo do viaduto, SAUDOSA COLORADO, muitas vezes campeã!
Nesta quarta de cinzas, com uma vitória que ficará marcada na história tricolor, encerramos com “chave de ouro” o carnaval.
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