Na raça, na bola.

ventura

Tá certo. A arbitragem danosa do Adriano “Milkshakeski” na quarta-feira ainda não foi digerida por nós, paranistas. Ainda pesa no estômago como a feijoada acompanhada de um churrasco e, assim como o banquete citado, vai proporcionar mais alguns dias repletos daquelas bufas que saem queimando até a costura da calça. Mas, paciência. Apito, apito, lambanças à parte. O circo (qualquer menção às arquibancadas tubulares do Janguitão é mera coincidência) já se foi e agora resta ao Paraná ficar atento às três últimas rodadas do turno.

Atenção não só na arbitragem, que causa calafrios só de lembrar dos danos. Mas, principalmente, atenção em campo. Jogando futebol. Capricho no onze contra (no mínimo) onze. À parte dos erros dos homens (HA HA! SEI… Tenho minhas dúvidas…) do apito e das bandeiras, o time também mostrou pontos frágeis, que devem ser corrigidos.

Neverton é um jogador rápido, abusado e com vigor físico relativamente considerável para jogar em velocidade. Porém, tem jogado um pouco de costas para a zaga, o que facilita a recomposição da marcação adversária. Luisinho passa pelo mesmo problema. É rápido, leve e talentoso, mas peca nos fundamentos, especialmente o da finalização. E também tem jogado de costas para a zaga. Mas ele tem uma peculiaridade, a visão de jogo que lhe permitiria jogar como um meia-atacante, para desafogar a armação de Lúcio Flávio. No último jogo, em uma das poucas vezes que recuou um pouco para pegar a zaga de frente, deu uma linda assistência para o gol de JJ Morales, o Ibrahimovic portenho das araucárias. Esses ajustes são imprescindíveis para a bola girar mais rápido entre os setores e dificultar a organização da defesa adversária.

Gabriel Marques só passa do meio de campo se for no desespero. Até aí tudo bem, é orientação do treinador. Mas de maneira alguma ele pode ser o último homem de marcação, como vem acontecendo algumas vezes. Gilton até apoia um pouco mais, mas precisa ficar mais ligado no jogo. Seu ponto forte são as tabelas à frente, mas toma lançamentos nas costas de forma até inocente. É de se estudar a troca de um dos atacantes por um meia para ajudar a fechar o setor esquerdo, tem sido nosso calcanhar de Aquiles.

De resto, corrigidas essas pequenas falhas, é só o time manter o espírito aguerrido, de se jogar no limite, ocupando os espaços de forma coesa, que as vitórias vem ao natural. E não é demais ressaltar que a tabela nos impõe a necessidade de fazer saldo de gols nas vitórias, também. Abaixo, esbocei o provável comportamento do Tricolor frente ao Arapongas, já que Toninho Cecílio já sinalizou a provável repetição da escalação do último jogo.

No desenho acima, Zé Luís, por vezes, compõe uma função de líbero, principalmente quando os laterais resolvem subir. Lúcio Flávio segue buscando o jogo mais atrás, no que deveria ser auxiliado por Luisinho para o preenchimento temporário de seu espaço “original”. Friso: não é o que eu gostaria que fosse, é o que eu prevejo, de acordo com o comportamento dos jogos anteriores. Conquanto que, na bola, vençamos qualquer adversidade, qualquer esquema de jogo é bem vindo. Se o juiz anular um gol nosso, temos que fazer dois para mostrar que não fez falta. Se não for marcado um penalti a nosso favor, temos que fazer o gol mesmo estatelados no chão. A raça TEM que superar qualquer adversidade, só na bola.

Bronca

Mas claro que eu não ia me despedir sem cornetar a arbitragem do jogo passado. Errar é humano, e se árbitros são humanos, obviamente também erram. Mas estragar uma partida extremamente técnica não é erro. Ou é incompetência, ou é má intenção. Não tem como fugir disso. Sexta-feira nossa diretoria apresentou reclamação formal ao ~chefe~ dos árbitros, Afonso Vitor de Oliveira, que já completou oito anos de “teta” e acha que nosso quadro de árbitros é bom.  Sinceramente, se o Sr. Afonso ainda sequer encontrou seu próprio pescoço até hoje, não creio que vá tomar alguma medida realmente eficaz, seja no sentido de punir o árbitro, seja no sentido de fomentar uma investigação mais aprofundada sobre os motivos da péssima atuação de Adriano. Ideal seria ele (na verdade, sejamos justos, via FIFA, né…) adotar alguma das ótimas sugestões do Luis Hansen, mas aí já é difícil, infelizmente.



Já baixou o app da Paranautas? Baixe agora e fique por dentro de todas as novidades do Tricolor e da Paranautas:

Disponível no Google Play


*Nota: O conteúdo postado neste espaço (colunas) é de responsabilidade exclusiva do autor, não necessariamente refletindo a opinião da Paranautas sobre os temas aqui abordados.