Escrever para paranistas é uma missão complexa. É necessário medir as palavras para não parecer tão redundante e, claro, para tentar agradar uma nação exigente. Mas eu não pretendo que você goste deste texto. Se gostar, é melhor, fico feliz, mas confesso que, desta vez, não é meu intuito principal. Hoje eu só quer lançar ideias e fatos desconexos que, no final, podem apresentar ou não alguma coerência entre si.
Neste sábado fui à Vila Capanema com uma preparação de espírito diferente. Cheguei atrasado, mas queria reparar em tudo. Na reação de cada torcedor, na movimentação dos atletas, no desenho tático do jogo, no detalhe do sol incidindo no gramado, nos sons que envolvem um jogo em nosso estádio.
Da frustração ao ver o baixo público, diante do número que a partida merecia, até a previsão de jogadas, saí da Vila satisfeito neste aspecto – além, é claro, da satisfação com o resultado. Mas, ao mesmo tempo, saí – de certo modo – inconformado. Temos futebol de verdade ao nosso alcance e tem torcedor que fecha os olhos para isso. Cheguei à conclusão de que nosso estádio é desconfortável, obsoleto, sim, mas que é peculiarmente belo, aconchegante e familiar.
Ao desenhar mentalmente a tabela do maestro Lúcio Flávio e de Reinalto’o, terminada no corte rápido e no chute certeiro do nosso Maxwell Smart das antigas; bem como ao pular no alambrado após o segundo gol e gritar – mezzo sozinho, mezzo para o destinatário dos berros – emocionado “Reinaldo, você é foda! Você é muito foda, cara!”, conclui de forma ainda mais concreta que temos time para brigar pelo acesso e, por que não?, pelo título nesta edição da segunda divisão.
Por último, suspirei e percebi o quanto é bom encontrar amigos e familiares na Vila do povo.
Não temos um título brasileiro da série A, nem da Copa do Brasil. Tampouco uma Libertadores e nem um Mundial. Mas temos todos os fatores que citei e isso torna o paranista o torcedor que mais tem motivos para ir ao estádio atualmente. É uma pena que muita gente ainda não tenha se dado conta disso. Paciência, sinto muito por quem não tá nem aí. Eu já percebi e dou muito valor. Já passei maus bocados por esse time, mas sou feliz por ser paranista.
Novas camisas
Excelente trabalho do marketing paranista no desenvolvimento das novas camisas. Ficaram belíssimas, apesar da desastrosa fornecedora do material. Menção extremamente honrosa para as camisas 3 e 4, cada uma com a cor de uma “linhagem” de ancestrais. Passei na loja e reservei uma de cada modelo, no combo para sócios. Agora é ficar na expectativa pelo lançamento de produtos especiais do centenário de nossa história no ano que vem, é algo que não pode passar batido.
Promoção beneficente
Realizei ontem o sorteio da camisa que doei para uma promoção em prol da Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba. A dezena sorteada de acordo com a extração 4783 da Loteria Federal foi a 37, pertencente a João Victor Soppa. Parabéns ao vencedor, que deve entrar em contato comigo esta semana para combinar a retirada do prêmio.
E, novamente, muito obrigado a todos que participaram. Foram arrecadados R$ 270,00 brutos, convertidos em R$ 245,00 líquidos, por causa das taxas do site que hospedou a “vaquinha”. Mesmo assim, completarei essa diferença para fechar nos 270 reais arrecadados a contribuição para a instituição, que realmente precisa de qualquer quantia, pois trabalha com poucos recursos.
Quem quiser contribuir para a instituição financeiramente ou com rações, pode ter informações de como fazer NESTE LINK. Tenho certeza de que serão contribuições bem-vindas.
Por hoje é isso. Vejo você na Vila!
Henrique Ventura
@henventura
Todos os domingos, aqui na Paranautas!
Já baixou o app da Paranautas? Baixe agora e fique por dentro de todas as novidades do Tricolor e da Paranautas:
*Nota: O conteúdo postado neste espaço (colunas) é de responsabilidade exclusiva do autor, não necessariamente refletindo a opinião da Paranautas sobre os temas aqui abordados.