Se não é com emoção, não é do Paraná Clube. O melhor de escrever aos domingos é que, por vezes, tenho a possibilidade de escrever sobre momentos fantásticos pouco tempo depois de eles terem acontecido. E cada vitória paranista é um momento peculiar, de emoção devidamente aflorada.
Ontem não poderia ser diferente. Jogando contra o lanterna, o time respeitou muito o adversário e encarou com seriedade um jogo que exigiu exatamente isso. Seja pela postura defensiva e veloz do ABC (que, aliás, mostrou que ainda pode evitar a terceira divisão, pois a maioria de seus pontos foi conquistada contra times da metade superior da tabela), seja pelas lambanças de um árbitro cretino que só fez merda durante o jogo e, por culpa sua, foi obrigado a amarelar os jogadores do Paraná, que começaram a bater depois de ver que os adversários estavam dando porrada e não estavam recebendo um mísero cartão sequer.
De um jogo fraco tecnicamente, só existem duas chances de se atingir o gol. Erro do oponente, ou mérito próprio em bola parada. E é aí que brilhou Fernando Gabriel, que cobrou “com a mão” uma falta na gaveta e decretou nossa vitória. Um golaço capaz de neutralizar as péssimas atuações de Kayke, Felipe Amorim, Morales, Roniery e do próprio autor do gol. Capaz de neutralizar a arbitragem venal e capaz de fazer tanto elenco quanto torcida esquecerem, pelo menos por 90 minutos, as dificuldades financeiras que assolam o Paraná Clube do coração.
A maré está mesmo mudando. Em outros tempos, um jogo como o de ontem resultaria em empate ou até derrota. Mas até a transpiração nesse ano é diferente e, em vez de suor, a substância salgada que sai dos poros da torcida e dos atletas são as lágrimas. Estamos expurgando anos e anos de lágrimas de emoção acumuladas ao longo de inúmeros insucessos e momentos apreensivos.
O torcedor paranista deve berrar aos quatro cantos que o gigante está voltando. Se no alambrado da Vila eu suei lágrimas ao empurrar o time rumo à vitória, na saída do jogo buzinei como ninguém ouvindo a narração do gol da vitória no último minuto e senti que meu coração…SORRIU! Gritei gol como se ele estivesse acontecendo naquele exato momento e fui acompanhado pelos tricolores prsentes nas centenas de carros que estavam congestionados na Av. Rebouças.
A nação paranista deve seguir esperançosa. Vamos contribuir o máximo possível e esperar, também, que a diretoria equacione logo os problemas financeiros. Esse é o ano. Faltam nove vitórias.
Vejo você na vila!
Henrique Ventura
@henventura
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