Desde a virada do turno, a campanha do Paraná é pífia. Totalmente incompatível com nosso objetivo do ano. O marco maior dessa queda foi a derrota para nossa “asa negra”, o América de Natal, na terça-feira. Time em franca decadência, atuações horríveis, derrota para um time pequeno e, por fim, a saída do G4 após quase dois meses. O acesso que parecia certo ficou pendurado por um fio de pentelho.
Neste período até obtivemos três vitórias. Mais pela inspiração individual de Fernando Gabriel (contra o ABC), Reinaldo (contra o Paysandu) e Paulinho e Paulo Sérgio (contra o ASA) do que pela transpiração coletiva ou pela obediência tática. Era um time displicente, apático, que perdia divididas, errava passes e perdia sobras de bola. Ontem, contra o Ceará, finalmente essa fase acabou.
Na minha opinião, Dado Cavalcanti escalou o time de forma correta (mesmo contendo o Kayke na escalação!). Um time que congestiona o meio de campo dificulta mais a aproximação e a transição do adversário. O recado passado aos displicentes meias foi claro, algo como “se vocês não vão render, fiquem no banco que os volantes dão um jeito”. E foi o que aconteceu. Ricardo Conceição acertou um lançamento em profundidade que nossos meias não acertavam desde o empate contra a Chapecoense e o gringo Ibrahimorales guardou na rede. Poderíamos ter ampliado o placar, mas paramos na surpreendente atuação do fraco Fernando Henrique. O primeiro tempo foi de um alívio sem igual, pois foram trazidas à tona características do time que se adonou do campeonato na reta final do primeiro turno. Os três volantes se distribuíam bem em campo e auxiliavam os laterais, os atacantes davam uns passos atrás e recebiam a bola, a sobra era quase sempre nossa e havia vibração nos lances.
Tomamos o empate, mas o fim da sangria de derrota após derrota é algo a ser ressaltado. A vibração do time foi resgatada, a confiança também. Apesar de toda a má fase, não nos distanciamos do G4. A torcida parece ter comprado esse resgate também. No evento do SemPRe em casa, a comemoração da defesa à queima-roupa seguida de bola na trave (aos 42 do segundo tempo) foi similar à de um grito de gol!
Estancada a sina de derrotas, estamos novamente nos trilhos do acesso. Dado deve manter a filosofia aplicada ontem. Joga quem está melhor, quem está com sangue nos olhos e vai fazer o que foi pedido, nem que tenha que escalar, sei lá…o Alex Alves na armação! O esquema acaba ficando secundário, que se jogue no esquema que abrir espaço pra quem quer (se bem que, no campeonato que jogaremos ano que vem, o Grêmio está em segundo lugar jogando no mesmo esquema que o Paraná jogou contra o Ceará).
Seja qual fosse o problema do time, já estamos próximos da solução. Eu continuo acreditando no acesso, novamente com embasamento. E você?
Vejo você na Vila!
Henrique Ventura
@henventura
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