Mexe a cadeira

ventura

Eu tinha esboçado um ensaio sobre Lúcio Flavio e sua mudança no modo de jogar, de modo que ele deixou de ser decisivo no placar sem deixar de ser importante na partida. Eu falaria também sobre a necessidade de preservar com alguns jogos de banco o ídolo Marcos, que vem falhando todo jogo. Mas tudo isso fica adiado pra alguma coluna seguinte. Hoje eu tenho uma sugestão, um pedido a fazer. À diretoria e ao técnico. Hora de mudar quem tá na cadeira de técnico.

Não sei como é pessoalmente o treinador Milton Mendes (e as referências são de que é uma ótima pessoa) e, sinceramente, não é o que vem ao caso no momento. Também não digo que ele não está trabalhando (afinal, o que mais se fala nas entrevistas é que o trabalho está sendo feito). Mas o trabalho não está funcionando. Esperei para ver se os resultados fluiam, mas perdi a paciência.

Podemos ter inúmeras dúvidas para a temporada. Mas a primeira certeza nós já temos. Com Milton Mendes, não vamos a lugar que preste algum. Fato que é ruim para o Paraná Clube, para os paranistas e para o próprio treinador. Ele não está pronto para assumir um clube no futebol brasileiro, ainda mais um clube com uma torcida carente e exigente como a nossa. Ele não nos trará os resultados que precisamos. Já se foram 27 pontos disputados no campeonato paranaense. Ganhamos só 12, com 6 jogos disputados em Curitiba e estamos atrás dos rivais que usaram times reservas na competição. Nosso time não se impõe e não mostra força, capacidade de incisão.

Ok, a diretoria não pode simplesmente mandar embora por causa de multa rescisória. Mas o intuito dessa coluna é justamente propor soluções para isso. A primeira – e seria a ideal – é Milton perceber que a situação é prejudicial até para o currículo dele e procurar humildemente a diretoria para assumir que não está dando conta do desafio e pedir sua liberação. Nesse caso, até que o novo técnico ideal esteja livre para negociar (Ricardinho, Wagner Lopes, Fernando Diniz, Marquinhos Santos – contestado nos bastidores do Bahia -, Marcio Araujo…), Roque Junior – que tem “curso de treinador” igual ao atual treineiro – e Ednelson poderiam armar o “colegiado” para treinar o time.

A segunda solução seria chamar Milton para propor uma “despromoção”, como fez o dono do time do fim da rua em 2012 com Ricardo Drubscky – fato que contribuiu para o crescimento e posterior sucesso do treinador em questão -, permitindo a ele se aprimorar acompanhando de perto os trabalhos do clube, mas sem necessariamente decidir o que concerne ao time. Aí, novamente, entraria um Ricardinho na jogada ou até mesmo o Ednelson e/ou o Roque Junior. Vale frisar que nessas duas sugestões o grande elo da questão é o próprio treinador perceber o quanto o trabalho não está sendo efetivo e as implicações disso na carreira dele, que já está começando muito mal. Pode ser que ele tenha potencial pra, sei lá, daqui a uns cinco anos. Mas insistir num trabalho péssimo pode apagar qualquer suspiro de crescimento futuro.

Caso essas duas frentes sejam impossíveis, só restaria mesmo a pior e mais drástica solução, que é demitir sumariamente Milton, sem acordo e onerando o clube. Não me parece o perfil da diretoria e seria, mesmo, rasgar dinheiro. Mas será que os resultados não podem ser ainda mais desastrosos em campo se ele ficar, acarretando prejuízo maior lá pra frente?

Enfim, o pedido que fica ao Milton Mendes é que avalie bem seu trabalho e o quanto ele não está funcionando e, se assim concluir, que procure a diretoria para admitir isso. À diretoria… por favor, considere essas e outras sugestões. Cobre francamente o treinador e mostre a insatisfação com os resultados. O elenco não é lá essas coisas, é verdade, mas dava pra fazer uma limonada muito mais saborosa com esses limões que tão virando esse “azedinho” nas mãos do Milton, são peças suficientes pro estadual. E não ganhar, com um a mais durante um tempo todo, de um time como o Londrina é sinal claríssimo de que nada tá dando certo.

Essa diretoria tem se mostrado excelente para tapar os rombos do passado e pensar nas questões do futuro. Mas é hora de dar um choque no presente também. A torcida não aguenta mais.

Material Esportivo

A Kanxa não apresenta mais o Paraná Clube em seu portfolio no site. Sinal de mudança por aí. Provavelmente teremos a italiana Erreà, mas só saberemos oficialmente qual a nova fornecedora quando o clube tiver tudo assinado. De qualquer modo, ótima notícia. A relação com a fornecedora antiga tinha tudo para ser boa, mas acabou muito desgastada, por erros de ambas as partes. Que venha o melhor para nós.

Irapitan Costa

Na rádio Transamérica, parceira desse portal, Irapitan Costa deixou a emissora e, também, a função de setorista do Paraná Clube para cobrir o Coritiba em outra legenda. Tive a honra de participar do último programa Papo de Craque com a presença dele e fiz questão de agradecê-lo pelos 24 anos de serviços prestados junto ao Tricolor, semPRe mostrando profissionalismo e muito respeito por nossas cores na hora de transmitir a informação à torcida. Respeito, aliás, que muitos setores da imprensa aqui da “aldeia” não nos concedem. Desejo muito sucesso ao Irapitan em sua nova jornada, ele merece, o que não significa que eu deseje sucesso ao time que ele irá cobrir agora, é claro.

Olho nele!

Na subseção que indica potenciais reforços para o Tricolor, algo raro. Vários jogadores de um mesmo jogo, de uma divisão inferior de campeonato estadual.

Neste fim de semana jogaram Flamengo de Guarulhos x Juventus, pela série A3 do campeonato paulista. O jogo foi melhor que muitos do nosso ruralito, vários jogadores mostraram qualidade nos dois times e merecem maior atenção. Desses, posso destacar um pouco mais:

Placca – Lateral Direito – Flamengo de Guarulhos: Lateral técnico como poucos hoje em dia. Extremamente ofensivo, é habilidoso e tem muita precisão na bola parada. Peça bem observável para um setor extremamente carente do nosso time.

Pavone – Lateral Esquerdo – Juventus: Muito obediente taticamente. Defende bem, ataca na vertical e na diagonal e tem boa precisão nos cruzamentos e passes. Outra opção para mais uma posição carente no nosso elenco.

Emerson e Cleberson – Zagueiros – Juventus: Um tanto perdidos pelo esquema ora com três zagueiros em linha, ora com Cleberson fazendo a cabeça de área, compensaram a confusão tática com empenho no mano a mano e excelente presença na bola aérea tanto na defesa quanto no ataque.

Visita do elenco ao Hospital Pequeno Príncipe

Neste dia 27, o elenco tricolor visitou o Hospital Pequeno Príncipe. Belíssimo gesto, parabéns à diretoria do clube e ao diretor-corporativo do hospital pela promoção da visita, que espero que tenha feito alguma diferença na vida de cada uma das pequenas crianças que estavam lá internadas. Parabéns também aos jogadores, que mostraram dedicação sincera ao gesto. Você pode conferir como foi o evento neste excelente vídeo da Gralha TV.

Vejo você na Vila!

Henrique Ventura

@henventura

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