Quem acompanha minhas colunas sabe que eu gosto de mesclar o realismo com o otimismo, de incentivar o paranista mas, ao mesmo tempo, comentar o que precisa ser comentado sobre nosso clube do coração – inclusive, nas duas últimas semanas, fiz algumas críticas necessárias. Na coluna de hoje, quero fazer um pouco diferente: convocar o torcedor a respirar novos ares, fazer um convite a pensar de um jeito que pode ajudar no futebol e – por que não? – na vida.
Hoje o Paraná joga contra o time do fim da Av. Rebouças em um cenário não muito animador. Estamos atrás na tabela, com um treinador de qualidade duvidosa e, para piorar, o dia começou com chuva. A “maré” nos levaria a pensar que o resultado natural é qualquer um que não seja a vitória. Tá, mas e daí?
E daí que uma vitória pode mudar todo esse quadro. E que só quem pode acreditar nela são os paranistas. Se ninguém vai acreditar por nós, então, que tal acreditarmos de verdade?
E não só pro jogo de hoje. Vamos acreditar no Paraná Clube em geral. Eu entendo e acredito que nossa situação é complicada, que ainda temos erros administrativos, que estamos nos distanciando dos rivais aos poucos, que o torcedor e o sócio não são respeitados como deveriam, que ainda tem muita coisa errada. Também sei que o time não passa confiança, que já passamos por inúmeras decepções em campo (alô, 2013!!!), que temos um treinador fraco pras nossas pretensões. Vejo, nos paranistas, uma brisa, uma aura de que qualquer coisa boa é difícil de acontecer e que qualquer coisa ruim “só podia acontecer com o Paraná”.
De novo… e daí? Entendo tudo isso, sofro com essas situações, mas acho que se, por um lado, a diretoria tem que dar passos à frente tentando fazer o torcedor acreditar, mais do que nunca nós temos que começar a dar um voto de confiança pro “sim, nós podemos”.
Não se trata de “esoterismo” puro, também não creio que seja a grande solução dos problemas, mas é um bom começo. Vamos lá, comece a acreditar! Acredite que vamos virar aquele jogo em que estamos perdendo e sem muita cara de quem vai reagir. Acredite que aquela bola espirrando no meio da área adversária vai entrar. Acredite que as coisas podem dar certo no Paraná Clube. Acredite que um dia teremos uma fornecedora de material esportivo de qualidade e reconhecimento internacional (Opa, já veio! Olha aí!), que um dia teremos um estádio novo e confortável, que ainda voltaremos a revelar jogadores para a seleção brasileira e que ainda vamos voltar a surrar constantemente nossos rivais locais em campo, assim como semPRe o fazíamos no começo da nossa história.
Acredite. E comece por hoje. Se puder, vá à Vila. Puxe aquela vontade de ir ao estádio e aproveite que o ingresso é o mais barato dos três times daqui. Tá, você já jurou que não pisa tão cedo na Vila, que está bravo com o time, decepcionado e que acha que não vale a pena o esforço? Tudo bem. Mesmo assim, você ainda pode ajudar. Pense positivo. Eu entendo qualquer um que esteja decepcionado com a situação atual, já falei isso no texto, mas acho que pensar positivo pode mudar nossa maré.
De preferência, vá ao estádio mas, caso não vá, mesmo sem ir ao jogo crie esperança. Vibre positivamente. Acredite que podemos ganhar de qualquer time. Se nossa situação já não é a que desejávamos, pensar no modo “eu sei que não vai dar certo” só vai atrapalhar. Logo, pensar positivo vai, no mínimo, ajudar, sim. Criou esperança e o time decepcionou de novo? Então acredite de novo na próxima vez. Traga isso pro futebol e pra vida: as coisas podem funcionar. E com o Paraná Clube elas ainda hão de dar certo. Se o rival de hoje vivia situação pior há 19 anos e se reergueu, nós também podemos.
PRA CIMA DELES, TRICOLOR!
#VEMPRAVILA!
Olho nele!
A subseção que indica potenciais reforços pro nosso time tem, hoje, só um nome, e não creio que seja um reforço imediato, mas um valor extremamente bom para ser lapidado para o futuro.
Tcharlles – atacante – Toledo/PR: Esse “piá” que fez aquela fumaça contra o Paraná na quinta-feira já havia se destacado pelo rebaixado Nacional de Rolândia no ano anterior. Atacante ousado, habilidoso e com personalidade, passa aquela sensação de algo como “o que esse cara tá fazendo num time ruim assim?”. Bem trabalhado, se contratado para render um ou dois anos após sua contratação, pode ser um jogador muito importante e um nome procurado no futebol nacional.
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Vejo você na Vila!
Henrique Ventura
@henventura
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