Mão de onze

ventura

Os rodeios do regulamento da ~ChamPINHÃOs League~ fizeram-nos enfrentar uma trinca de jogos em sequência contra os poodlezinhos do final da rua. Antes de isso ficar definido, 9 em cada 10 paranistas tinham várias pulgas atrás da orelha diante do confronto da última rodada da primeira fase (embora os pulguentos, nessa história, a gente já saiba bem quem sejam, né…). Antes daquele jogo, tudo conspirava contra nós. Atraso nos salários (que persiste até hoje e não atrapalhou os resultados do campo), pessimismo da torcida, más atuações e posição ruim na classificação, isso sem falar na ressaca e no ceticismo decorrentes do que aconteceu no ano passado.

E eis que as coisas começaram a dar certo para nós, exatamente como eu mostrei que esperava na minha coluna retrasada. O Paraná finalmente aproveitou a fragilidade técnica de um oponente para cravar um sonoro 4×0 e, de quebra, classificou-se na liderança, para encarar nas quartas-de-final o mesmo adversário, que manteve-se dentre os classificados “com as calças na mão”. Veio o mata-mata e, mesmo jogando no Barrancão Ecoestádio só com a torcida dos cachorrinhos de madame, o Tricolor sapecou mais uma vitória e trouxe a vantagem do empate para o jogo da volta.

E agora chegou o derradeiro dos três confrontos. Como em uma “mão de onze”* no Truco, o Paraná está perto do êxito na fase. E é aí que o time, mais do que nunca, tem que agir como no jogo de cartas citado. Muita calma, confere a “mão” do parceiro, vai só na boa*. Muita atenção dos volantes para antecipar as jogadas nas intermediárias e dos meias para dar o combate na saída de bola e pegar a fraca defesa deles desprevenida. Até dá pra tentar arrancar uma “manilha”* deles (Zezinho deve ir pro jogo e é um jogador que já mostrou que não tem cabeça fria, uma boa provocada no figura pode causar a saída dele por expulsão), mas agora não é mais hora de forçar a trucada*.

Na ~mão de onze~, gritar “truco” causa a derrota. Então, nada de dar a segunda rodada pro adversário para puxar o truco* numa eventual terceira, porque agora não pode mais. Se tiver condição de matar o jogo logo, mata. A primeira rodada já levamos. Temos um 3* e uma manilha* para matar o jogo e precisamos fazê-lo sem pestanejar!

Eu sei que ano passado e em várias outras oportunidades nosso time fraquejou em momentos decisivos quando tinha vantagens a seu favor. Mas, como venho reforçando há duas semanas, vamos acreditar que chegou a hora de nos afirmarmos de vez, pra valer!

P.S.: Quer aquecer pro jogo? Confira essas sábias palavras do Marcelo Wilinski, o Celotas.

Liquidação na loja do Paraná Clube

Como quem rasga a foto de uma ex-namorada, a loja tricolor está liquidando vários produtos da Kanxa, nossa ex-fornecedora de material. Passei lá essa semana e só não levei meia loja porque meu orçamento seria incapaz de cobrir tal rombo. Meu destaque vai para os uniformes de goleiro (camisa + calção), que apresentam um modelo mais bonito que o outro e estão custando R$ 150,50 para sócios em dia. As informações que tenho é de que ainda estão disponíveis os modelos nas cores azul-claro (comprei!) – com e sem a faixa vermelha e azul no peito -, bordô (comprei, também!), chumbo e preto. Corra lá na loja da Kennedy essa semana e garanta a sua!

Alguns dos modelos das camisas de goleiro confeccionadas pela Kanxa (foto: Jamil Thomaz) – A laranja e a amarela já estão indisponíveis.

Olho nele

Juliano Mineiro – Atacante – Metropolitano/SC: Companheiro de Reinaldo no time blumenauense, tem mais características de segundo atacante. É rápido, habilidoso e tem boa precisão nas finalizações, inclusive em bola parada. Se não for contratado pelo Paraná, certamente ele terá mercado, no mínimo, para a série B. Na minha opinião, é melhor até que o Jonathan Fumaça, atacante do Rio Branco que parece estar vindo para cá e que também é um nome interessante para compor o elenco. Vale a observação mais detalhada desse atleta de 28 anos, principalmente agora que o time catarinense não tem mais chances de título no quadrangular final do campeonato estadual.

*Nota do colunista – para quem não conhece ou não gosta de Truco, cabem algumas explicações: A pontuação máxima do jogo é de doze pontos, adquiridos ao longo de várias partidas. Cada partida tem três rodadas, quem ganhar duas rodadas, ganha o ponto da partida. Quando uma das duplas chega a onze pontos, ganha o direito de escolher, de acordo com a “mão” de cartas que recebe, se vai ou não disputar aquela partida, que vale um ponto. Se desistir, o adversário ganha só um ponto. Se resolver jogar e perder, o adversário ganha três. Manilhas são cartas especiais, dos quatro naipes, definidas previamente e 3 é a carta mais alta do jogo, fora as manilhas. Gritar “truco” aumenta a pontuação de cada partida para três, mas fazê-lo na mão de onze causa a derrota no jogo.

Vejo você na Vila!

#VEMPRAVILA!

Henrique Ventura

@henventura

Todos os domingos, aqui na Paranautas!



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