Amigo paranista, o texto hoje não vai ser muito longo. Vai ser curto, direto e, talvez, polêmico.
O Paraná como conhecíamos já acabou. Pelo menos por hora. Aquela fase de sucesso, de arrombar rabos dos adversários por aí facilmente como quem pisa numa barata não volta tão cedo. Do nada, passamos a encarar dificuldades e ver times sofríveis em campo, colecionamos insucessos e nossa torcida amargurou-se e se afastou.
Diante disso, “n” medidas já foram feitas para chamar o torcedor de volta em alguns jogos… promoção de ingressos, tentativas frustradas de mexer no plano de sócio torcedor. Às vezes até funciona para os jogos em questão, mas o retorno nunca foi perene. Um pouco por culpa da torcida, que, via de regra, vive procurando desculpa pra não ir ao jogo (algum dia, quando eu estiver mais puto, listo aqui a série de desculpas do torcedor desinteressado). E um pouco por culpa da diretoria, que ainda peca pelo aspecto que vou ressaltar.
É necessário, “pra ontem”, que a diretoria defina uma identidade a ser trabalhada com o torcedor. Se vai tentar continuar vendendo uma imagem holográfica de que somos “grandes” nacionalmente (embora eu acredite que somos, sim, representativos), ou se vai adotar a imagem “a la Botafogo”, de time sofrido, para quem tudo é mais difícil, com uma torcida que sofre, senta a bunda no concreto (e não em cadeira superfaturada paga com dinheiro público) mas que, mesmo assim, não perde a esperança e tão pouco o gosto de ver nossas três cores entrando em campo.
Já adianto que a primeira opção é a mais errada. É só procurar pesquisar a proporção de torcedores do nosso time entre crianças e adolescentes. Não adianta vender a imagem dessa primeira opção e não aplicar em campo. Não vai cativar nenhum torcedor novo e só deixar os já cativados ainda mais amargurados. Afinal, nossas dificuldades ainda são terríveis.
A segunda opção é difícil, mas é a mais sincera e provavelmente a mais efetiva. Sofremos, levamos uma decepção após a outra, ficamos muito tempo sem incomodar nossos rivais. Mas, no primeiro momento de pausa, já ficamos ansiosos pelo jogo seguinte do Tricolor. E, quando pisamos na Vila Capanema, contagiamo-nos pela atmosfera (confira AQUI relato de dois ingleses que estiveram no jogo contra o São Bernardo) diferente que é um jogo do nosso time.
Definindo isso, a diretoria poderia trabalhar seu planejamento de acordo com as expectativas que ela mesma criaria na torcida. E poderia ter a linha já pronta para usar em eventuais ações de marketing.
Esse assunto ainda não acabou. Ainda abordarei novamente. Mas, por enquanto, é isso aí. Duvida, concorda, discorda? Comenta aí ou entra em contato pelas redes sociais.
*Hoje não tem seção “Olho Nele!”. Essa semana foi muito louca para mim e não deu para acompanhar os jogos que comumente acompanho.
Vejo você na Vila!
–
Henrique Ventura
@henventura
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