Começou a Série B-undesliga. Estreamos bem, com vitória difícil – mas firme – sobre o simpático debutante Sampaio Correa (curiosidade: clube que revelou Roniery e o lendário goleiro Juca Baleia) fora de casa. Motivo para empolgação? Quase.
O balde de água fria de 2013 ainda gela nossos ossos e sabemos que “o campeonato só termina quando acaba”. Pior do que isso, somos plenamente cientes da caótica situação financeira do Tricolor e tivemos, contra os poodles, a prova do quanto isso pode atrapalhar a busca por resultados. Além disso, pudemos notar erros grotescos na compactação defensiva do time, um adversário um pouco mais qualificado poderia ter causado problemas maiores e isso precisa ser corrigido urgentemente.
Perceba como as duas linhas defensivas de 4 jogadores estão mal compactadas, de modo que a ultrapassagem de um lateral ou a movimentação de mais um meia por parte do adversário poderia desmontar facilmente o ferrolho.
Mas essa vitória nos mostra que, apesar de tudo, ainda podemos ter a nossa crença de torcedor. Podemos nos permitir sonhar com a típica paixão, que nos faz acreditar em um futuro melhor. É um pequeno passo, dos 38 que ainda vamos encarar até o fim do ano, mas já tira um pouco de toda aquela carga de pessimismo.
Aliás, temos de acreditar semPRe no sucesso, já falei sobre isso nessa coluna. Mas temos que entender que o primeiro número mágico que o Paraná Clube precisa atingir no campeonato não são os 64 pontos para o acesso, mas sim os 50 para fugir de um ainda mais vergonhoso rebaixamento à série C. Isso não significa que desistimos do nosso sonho de retornar ao lugar que não deveríamos ter deixado – a série A -, mas sim que entendemos todas as circunstâncias que atrapalham a busca por nossos objetivos e que, bem por isso, jamais abandonaremos nosso Tricolor.
Se os 64, ou 70, ou 76 pontos vierem, perfeito! Não é impossível e temos condições de chegarmos ao menos próximos disso (vide os times que brigaram pelo acesso no ano passado, com folhas salariais igualmente modestas e dificuldades estruturais)! Muita coisa já aconteceu de ruim conosco, mas a maré vai virar. Como já falei em outras oportunidades, se deixarmos de pensar que sempre é o pior que vai acontecer conosco, já é um grande avanço para mudarmos a direção do vento.
Mas temos que ir com calma, acreditando em um jogo de cada vez na temporada. E o próximo a acreditarmos não é nem pela Série B. Terça, na Vila, pela Copa do Brasil, é dia de batalha contra a Ponte Preta. Com humildade, apoio cada vez mais próximo da torcida e jogando o feijão-com-arroz, é possível ir longe esse ano. Se você também quer aderir à guerra, aparece lá na Vila Capanema que o Tricolor tá esperando você. E todos nós!
Vejo você na Vila!
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Henrique Ventura
@henventura
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