Ping-pong

ventura

Na semana passada, falei sobre o quanto o Paraná Clube podia se preocupar com “coisas menores”. Pouco tempo depois, veio a resposta – e é óbvio que não tenho a pretensão de associar uma coisa à outra, certamente são coisas que já vinham sendo planejadas. Resultados de campo à parte, só tenho congratulações a fazer à diretoria paranista pelas ações relativas ao jogo do último sábado.

Primeiro pela atitude de fazer a promoção de ingressos. Segundo pelo modo como a anunciou (mesmo após uma derrota ridícula contra o Oeste). E, o principal: ao enfoque que deu à felicíssima coincidência de data do jogo contra o Vitória. Camisa comemorativa, homenagem aos herois do título de 92, sorteio, alto-falantes nas filas, taça a disposição para fotos (com desconto para sócios – mesmo eu já tendo a foto com a taça, fiz questão de tirar mais uma). Enfim, coisas pequenas, detalhes mínimos, mas que são um bom ponto de começo para transformar a experiência paranista de frequentar os jogos do Tricolor.

Aliás, foi essa a impressão que tive de toda essa abordagem. Me parece que a ideia da diretoria é mostrar ao torcedor que, melhor que torcer apenas por vitórias do Tricolor (até porque se depender do time mesmo….), é ir ao estádio por tudo que um jogo com a nossa camisa em campo envolve.

Espero que essa filosofia continue sendo seguida e a torcida passe a entender isso um pouco mais e não desista de vez do clube.

Nas quatro linhas

Trocou o treinador, mas o resultado foi igual: derrota. Apesar de ter corrigido o ponto fraquíssimo que era o comando técnico, o Paraná Clube escancara a fragilidade em seu elenco. A zaga continua temerosa (ver Leo Coelho usando a camisa com o nome do Gralak foi um sacrilégio sem tamanho…), a lateral direita só é preenchida utilizando um jogador que seria ainda mais fundamental jogando como volante, e na armação e ataque temos sérios problemas.

Marcos Paraná tem um futebol mais feio do que dirigir de chapéu e Rafael Costa, apesar de ter qualidade, é pura displicência em campo. Henrique é uma ótima válvula de escape, mas precisa fazer um curso intensivo de finalização. E Fernando Viana tem qualidade, é aguerrido, mas é impressionante sua desobediência tática. Quando precisamos dele fazendo o “nove” na área, ele está fora dela.

Via de regra, acho que, mesmo com dezoito contratações na intertemporada, ainda precisamos de mais três reforços (quatro, se o Chiquinho não for jogar nunca na lateral direita). Um zagueiro, um meia e um atacante. Se não for pra subir, não dá pra aguentar essas carências aí e ainda correr risco de cair tragicamente para a série C.

Vejo você na Vila!

Henrique Ventura

@henventura

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