Paciência

ventura

Eu sei que já parece inerente ao paranista ter que semPRe esperar as coisas darem certo mais “lá pra frente”. Mas, mais do que em outros momentos, hoje o torcedor tricolor precisa ter paciência, principalmente com o momento do time no campeonato.

Eu tenho uma opinião – e provavelmente serei execrado por muitos se emití-la – sobre a torcida sonhar tanto com o acesso à série A, sobre atualmente não termos muito o que fazer por lá (qualquer hora faço uma coluna só sobre isso, se for o caso…). Mas, enfim, independente disso seria muito bom, para o aspecto financeiro, subir, nem que fosse para cair no ano seguinte.

E o torcedor que ainda acredita nessa possibilidade (vamos lá…até eu insisto em acreditar) precisa ter paciência com o momento do time na tabela.

Vejo brotarem críticas à ineficácia do esquema de posse de bola de Fernando Diniz, compreensíveis pela falta de resultados. Mas a verdade é que é raro ver até mesmo um time na série A com um esquema consistente assim. O adversário tem poucas chances com a bola rolando e o Paraná tem a bola por mais tempo em seus pés.

E, jogando desse modo, a chance de perder é menor que a chance de ganhar. A matemática só não se completa se houver falhas individuais acontecerem. E é o que se passa no caso. Tanto na defesa quanto no ataque.

Desde a chegada do novo treinador, só tomamos gols em falhas grotescas de Leo Coelho, Luciano Castan (2) e um apagão da defesa numa indecisão entre Fernandes e Luis Felipe. Ou seja, até ocorreram outras falhas não tão bizarras, mas que não resultaram em gol porque a tática é segura.

Ofensivamente,  o rol de falhas é maior. A falta de um matador e um meia mais criativo é notória, mas não são só os atacantes e meias que perdem gols. O esquema faz a bola rondar a área adversaria, mas a falta de qualidade no último passe e nas finalizações é que prejudica todo o acabamento do time.

Ou seja, o limitante do Tricolor é a falta de qualidade geral nos fundamentos do elenco. E isso só se compensa com muito treinamento e entrosamento para que, ciente das limitações, o time possa superar as dificuldades mesmo fazendo o “feijão com arroz” nos fundamentos.

Como falei, é mais fácil ganhar com a bola no pé do que na base dos lançamentos afoitos. Jogando desse jeito, o time paranista provavelmente pontuará muito mais no segundo turno do que pontuou e pontuará no primeiro. Com muita paciência, é isso que o paranista verá. Se isso vai ou não ser suficiente pro acesso, lá pra frente a gente vê.

Feliz dia dos pais

Aproveito a data para desejar um feliz Dia dos Pais ao meu paizão querido, de quem herdei essa bendita paixão pelo Tricolor. Desejo um ótimo resto de dia dos pais também a todos os pais paranistas.

Vejo você na Vila!

Henrique Ventura

@henventura

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