Neste começo de ano toda a equipe de colunistas da Paranautas acabou tirando um período sabático sem querer. Em meio às incertezas da remontagem do elenco e aos calos de fiascos anteriores, parece que todo mundo ficou um tanto reticente quanto a o que escrever sobre nosso Tricolor.
Mas nesse momento em que o semestre começa a se definir o paranista não pode ficar sem opiniões diferentes das da grande imprensa ou da empolgação do torcedor nas rodas de boteco, resenhas de pelada ou discussões virtuais. Por isso, resolvi quebrar a hibernação e escrever um pouco por aqui.
A exemplo de 2016, estamos tendo um começo surpreendente de temporada. Mas acredito que as semelhanças parem por aí. No ano passado, o planejamento seguia semelhante aos passos do segundo semestre de 2015: decisões centralizadas em um vice-presidente de futebol que não acompanhava o mundo do futebol há quase uma década, agia de forma amadora e que tinha sérios problemas em manter um elenco coeso. O time titular era relativamente forte, mas o banco não tinha substitutos à altura.
Para 2017, a história pode ser bem diferente. A profissionalização que passa a valer na contratação de Rodrigo Pastana como gerente de futebol e Tcheco como supervisor começa a mostrar resultados. Talvez nosso onze titular seja inferior ao do Ruralito® do ano passado. Mas o elenco em si é mais homogêneo e, diz-se nos bastidores, mais barato. Com exceção de Leo (grata surpresa!), Brock e Renatinho, não tem ninguém insubstituível. E aí é que vejo a grande virtude do rodízio de atletas promovido pelo bom treinador Wagner Lopes. Como é quase todo mundo do mesmo nível, o time “reserva” não deixa muito a desejar quanto ao titular e o elenco pega um ritmo de jogo mais igual, além de não desgastar demais os principais destaques.
Isso nos torna automaticamente candidatos ao título da Pinhão´s League, da Primeira-ninguém-Liga, à final da Copa do Brasil e ao acesso na série B? Longe, mas muito longe disso por enquanto. E é disso que quero falar: vamos com calma. Um passo de cada vez. Já foi lindo termos a renda extra que não tínhamos há anos, oriunda de premiação? Claro, todos vibramos com as classificações na Copa do Brasil e esperamos vibrar ainda mais nas próximas fases. Mas o caminho é longo pela frente.
Estamos bem colocados no estadual e na Primeira Liga, mostrando atletas com potencial interessante tanto no time titular quanto no reserva? Sim. Mas em outros anos recentes também terminamos bem o primeiro trimestre e bobeamos na sequencia. Por isso, toda cautela é necessária em nossa empolgação.
Não podemos nem nos deslumbrar com esse sucesso todo, por enquanto, e nem entrar em parafuso caso o insucesso apareça precocemente. É preciso ter convicção no conceito de trabalho que vem sendo feito e não atrelar a resultados imediatistas. Precisamos antes de tudo colocar as finanças em ordem, e isso é um trabalho que vai longe. O que aparecer de bom no meio desse caminho é lucro e deve ser tratado com muito carinho e atenção.
Renatinho
Sejamos lúcidos: são raríssimas as chances de segurarmos o nosso maior destaque (e maior surpresa também) para o restante de temporada. E não é culpa da diretoria, culpa dele, culpa de ninguém. Mesmo que fosse atleta nosso, seria difícil mantê-lo. Portanto, temos de valorizar o retorno técnico que nosso camisa 10 pode dar no tempo que resta de contrato e buscar logo um substituto o mais próximo possível do nível dele. Eu diria que Tomas Bastos, do J Malucelli, seria o cara para isso.
Vejo você na Vila!
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