A exemplo de 2016, tivemos um início de ano acima das expectativas para um clube como o nosso, que tem recursos escassos e bloqueados, 10 anos sem título e que conta com a “ajuda” de alguns erros históricos da diretoria, não importa a gestão. O início fulminante e consistente de campeonato estadual foi interrompido bruscamente novamente por detalhes. A diferença é que em 2016 o time já apresentava um declínio nítido e em 2017 a consistência vinha sendo regular, com o bonus dos bons resultados na Copa do Brasil.
Mas, insatisfeito com o golpe duro de uma nova eliminação para os poodles, nas quartas de final em que em 180 minutos o time dos caras deu dois chutes a gol, o destino ainda pregou mais uma peça. Wagner Lopes recebeu uma merecida proposta do Albirex Niigata, do Japão, e o Paraná viu-se obrigado a tentar buscar alguém com perfil semelhante. Confiando nos acertos recentes de Rodrigo Pastana, o Paraná Clube trouxe Christian de Souza, treinador com pouca rodagem e com uma carreira tímida no futebol. A única semelhança com o ex-atacante da seleção japonesa, a princípio, parece ser o perfil acadêmico do treineiro. De resto, é um tanto quanto diferente, mas nos resta confiar de que tudo possa dar certo. Além de tudo isso, ainda perdemos Airton e Diego Tavares – dois jogadores extremamente uteis nesse começo de temporada, curiosamente dois dos principais responsáveis pela classificação às oitavas de final da Copa do Brasil – para o Avaí.
Estes são pontos que nos dão um choque de realidade. Não se trata de lamentar, reclamar ou apontar o dedo a feridas. Mas sim de mostrar qual deve ser nosso foco principal na temporada: fazer uma série B segura e que permita, lá por setembro ou outubro, já começar a planejar o ano seguinte, desde o quesito financeiro até a montagem de um elenco com entrosamento de mais longa data.
É claro que se houver a chance de disputarmos o acesso devemos brigar por isso. Mas friso que o foco principal é, antes de tudo, ajeitar a casa e evitar que a situação piore com uma (BATE NA MADEIRA!!!!) eventual queda à série C. Primeiro equalizamos receitas e despesas, nos planejamos, controlamos firmemente as dívidas, tornamos o clube administrável a médio e longo prazo, chamamos o torcedor para fortalecer o vínculo independente de resultado e buscamos o quanto antes a pontuação necessária para escapar do rebaixamento. Depois, se ainda houver tempo e condições, passamos a trucar em busca da briga pelo acesso.
Para o primeiro e principal objetivo, depois do empate de ontem, faltam 44 pontos. É urgente que a torcida compreenda nosso momento, que ainda é dramático, e compre essa briga, ciente das consequencias.
Próximos capítulos
O dia das mães é hoje (Alô, mãe!! Feliz dia das mães! Obrigado por também ser uma companheirona de vida e de arquibancada!), mas prometo, se tudo der certo, na próxima coluna escrever sobre por que motivos incentivar os filhos a serem paranistas é mais que uma questão de escolha, mas principalmente de caráter e de aprendizado para a vida.
Vejo você na Vila!
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