É, amigo, confesso que a semana não foi boa. Seis dias aguentando comentários sobre a barbeiragem feita no gramado da Vila, empate ridículo em casa contra o fraquíssimo Toledo, informações desencontradas sobre salários atrasados de funcionários. Nesta semana que chega, tem o leilão da subsede do Tarumã para machucar mais um pouco a alma paranista, até de quem – como eu – não é sócio olímpico. Tomara que pelo menos nos resultados dos jogos essa semana seja melhor.
O paranista é um cara calejado. Já está tão acostumado com notícias ruins nos últimos tempos que cada “bomba” nova que aparece até dói, mas sentimos cada vez menos. Já estamos ficando inertes a tanta “desgraça” e isso é perigoso. Às vezes sou obrigado a ouvir que “curintiano é maloqueiro e sofredor, ~mano~”, e também normalmente vindo de alguém que não deve ter visto sequer três jogos in loco do referido time na vida. Se o sujeito acha que sofre torcendo pra eles, certamente não sabe o que o judiado torcedor tricolor passa.
E, mesmo assim, a nação de Guerreiros Valentes não desiste. Se a média de público é baixa para a grandeza do clube, basta uma melhora aparente nos resultados para a Vila Capanema começar a ficar pequena, para começar o empurra-empurra nos setores do estádio. Como na música daquela banda de pop/rock nacional, vivemos à espera de dias melhores.
Desde 2007, tudo que a torcida paranista precisa é de um empurrãozinho. Um acesso à série A (que disputou ininterruptamente de 1993 a 2007), quem sabe até uma beliscada na imprevisível Copa do Brasil. Ou nem tanto assim, um simples ruralzão ou – mais singelo ainda – vitórias expressivas nos clássicos locais já massageariam o pobre ego do torcedor tricolor. Serviria como aquelas oportunidades em que você, garanhão do exército gralha, após um período de seca, ~pega~ uma mulher não tão vistosa (sim, abusei do eufemismo) só para “tirar a zica”.
Paraná 1×1 Ceará, abril de 2012 – Quatro meses sem calendário e 12 mil pessoas no estádio: Façanha só dos paranistas. Bastou só um empurrãozinho… (Fonte – usuário FelipeGVR no youtube e Rodrigo Sanches, do marketing da Paranautas)
Então, por que não começar finalmente esse ano? Tudo bem, já demos uma adestrada no time do fim da Rebouças lá no Janguito esse ano, mas é pouco. Que tal acabar com o jejum de vitórias contra eles em casa hoje, algo que não acontece há seis anos? Que tal derrubar o Al Fhace em plena Ubaldino do Amaral como fizemos tantas vezes nos tempos áureos, após 16 anos de jejum?
Melhor, somando tudo isso, que tal ganhar o último campeonato paranaense? Até porque, de acordo com alguns comentários recentes de bastidores, a partir do ano que vem deveremos ter o retorno da saudosa Copa Sul, que rendeu ao Paraná Clube o vice campeonato e o recorde de público em jogos de “única torcida” no finado estádio Pinheirão.
Parafraseando Juca Chaves, digo que certa vez Chico Anysio disse no ar que o povo só tem três problemas: café, almoço e jantar. A torcida paranista, adotando a parábola, também. Não precisamos de muito para voltar a assustar os adversários. Só voltar a vencer. Vencer qualquer coisa. Mas logo. Não dá mais pra esperar! Como diz (pelo jeito só na teoria) nosso treinador Toninho Cecílio, o campeonato paranaense 2013 deve ser uma obsessão. Inclusive porque tende a ser a última edição.
Por hoje é isso. Vejo você na Vila!
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