É muito provável que você tenha visto o filme Armageddon, de 1998, com Bruce Willis, Liv Tyler (apetitosa!), Ben Affleck e demais atores. Nele, o planeta Terra é ameaçado por um asteroide gigante e a NASA (ah, como o povo americano é bonzinho…) envia uma equipe para implodir o meteoro. O dispositivo de implosão à distância falha e, então, Harry, o personagem de Bruce Willis – já com a vida ganha, filha já criada, sem ter muito a perder, na concepção do filme – opta por abrir mão de sua vida e ficar pessoalmente no asteroide para explodir junto com o corpo galáctico, numa cena melodramática em que ele, antes de virar picadinho, pede ao futuro genro que cuide muito bem de sua filha. Harry e o meteoro explodem e a Terra é salva. Aê!
Pois bem. A exemplo do personagem de Bruce Willis metendo o dedo no botão (ui!) da bomba, o Paraná Clube entra em campo hoje, contra o Coritiba, como franco-atirador mas, ao mesmo tempo, com a obrigação da vitória. O time precisa tirar um ponto de desvantagem por rodada em relação ao líder até o fim do ruralzão. A tarefa é difícil mas, em caso de derrota ou empate hoje, torna-se definitivamente impossível.
Após a rodada deste domingo, restarão cinco para o fim do certame. Do ponto de vista do incentivo para o torcedor comparecer ao estádio, se associar, se envolver, é muito ruim passar mais de um mês cumprindo tabela. Para quem encara o Tricolor como uma religião, como boa parte dos que estão semPRe na Vila, até é indiferente. Mas para quem encara o futebol como mera diversão extra e só vê na boa fase um bom motivo para comparecer aos jogos, isso faz toda a diferença. E, queira ou não, a diretoria (espero!) quer trazer de volta justamente este torcedor que, tão influenciado pelos maus resultados, se afastou. Ou seja, a vitória faz-se primordial para essa oxigenação da esperança paranista.
Vencer um rival que tem o retrospecto mais equilibrado conosco (35 vitórias do time da Ubaldino do Amaral contra 31 nossas), mas que em cujos domínios não vencemos há DEZESSETE ANOS (isso é vergonhoso…), traria nova empolgação para a torcida e reacenderia as já mínimas esperanças de vencer o Paranaense 2013. Essa vitória somada ao retorno provisório, se confirmado, à saudosa Vila Olímpica, poderia gerar um incremento nas rendas de bilheteria do clube e ao programa de sócio torcedor.
Por isso, o Tricolor hoje tem que entrar decidido para vencer, não tomar conhecimento da dificuldade do jogo, do talento de AlexSono, do cenário adverso e até mesmo da arbitragem que, sem sombra de dúvidas, vai ser tendenciosa para o lado verde. O time tem que ir “para dentro” do adversário e implodir a defesa do time do “pega o papel higiênico de volta” (não entendeu, CLIQUE AQUI!).
Para vencer o clássico de hoje e deixar de ver o Armageddon do campeonato, o Paraná Clube precisa ser outro filme com Bruce Willis: Duro de Matar.
Você sabia?
– Há dezessete anos não vencemos no pinga-mijo, mas há “apenas” três não vencemos os verdinhos fora de casa. Em 2010 o mando deles no Paranaense foi em Paranaguá e vencemos por 1×0, gol do nada saudoso Márcio Diogo.
– Em 2001 aconteceu a nossa derrota mais gostosa para eles no estádio treme-treme. Quando a rádio Banda B, em narração vergonhosamente parcial, já tocava o hino verde nos instantes finais do jogo, por conta da vitória por 2×0, o que os classificava à final, Fernando Miguel completou, de cabeça, cruzamento de Lúcio Flávio aos 48 minutos do segundo tempo e fez o gol que levou o Tricolor à decisão do campeonato, deixando os alviverdes presentes no estádio com a maior cara de bunda.
Gol mítico de Fernando Miguel
– Paulo Renê foi um atacante duramente criticado no começo do ano (eu mesmo cheguei a perder a paciência com ele). Porém, com ele em campo, o Paraná teve 3 vitórias em seis jogos. Sem ele, teve as mesmas três vitórias, mas em NOVE jogos. Será que era ele, mesmo, o problema? Será que não cabia uma nova chance a ele, desta vez em sua posição de origem e tendo um atacante goleador – Reinaldo – para servir? Acorda, Empatinho Cecílio…
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Por hoje é isso. PRa cima deles Tricolor! Dúvidas, sugestões, críticas, comentários? Comente abaixo ou siga-me no tuiter: @henventura.
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