Estamos indo para a vexatória marca da sexta série B consecutiva disputada. De integrantes da elite por quinze anos seguidos, passamos a nos igualar com clubes modestíssimos, que ou são acostumados a disputar a segundona, ou a encaram como o clímax da história. Esse e outros acontecimentos fizeram com que a credibilidade da instituição fosse abaixo, perdêssemos respeito dos demais e até a confiança da própria torcida.
Se tudo isso fosse passível de se apagar com uma borracha, até não haveria problema. O problema é que cada acarretamento desse prejudica o trabalho de quem tenta reerguer o clube. Como se não fosse o bastante, gestões anteriores deixaram pavios para várias bombas, dentro e fora de campo, que não param de explodir.
E a atual diretoria vem trabalhando com essas limitações. Se ela comete um ou outro erro, não é por negligência ou má fé. É um trabalho, nitidamente, de saneamento fisiológico da instituição. Um conjunto louvável de esforços que vem tirando o Paraná Clube da tendência catastrófica que seguia.
“Sem lenço e sem documento”, os dirigentes trabalharam muito bem até agora, com mais problemas do que dinheiro. Continuam gastando mais do que o clube recebe mas, ainda assim, reduziram muito as despesas, tornando clube bem mais administrável, principalmente quando começarem a entrar as receitas que estão sendo buscadas.
Por isso a atual diretoria merece seu crédito. Será sempre lembrada por ter salvado das trevas o Tricolor sem vender sua alma ao ~Capiroto~. Mas ela tem uma responsabilidade ainda não percebida: a de despertar, nos paranistas, o ideal de um dia não precisar avaliar seus diretores por “querer ou não o bem do Paraná Clube” ou “ser ou não desonesto”, e sim escolher entre diferentes pensamentos de como conduzir a instituição.
Dado Cavalcanti
A escolha do novo técnico também foi uma jogada de gênio da atual diretoria. Avaliou previamente o trabalho do treinador e apresentou a ele o projeto e proposta de trabalho antes de o profissional se valorizar extremamente com a chegada do Mogi Mirim – seu clube anterior – às semifinais do ruralzão paulista. De pré-contrato assinado e projeto promissor em mãos, foi só questão de tempo para o bom Dado Cavalcanti ser anunciado como o comandante que levará o Tricolor de volta à elite, mesmo tendo propostas de times que disputarão a série A. Cabe agora a Dado dar um padrão tático sólido ao time e escalar os jogadores usando critério técnico e de méritos. Boa sorte!
Dia das mães
Minha mãe já foi taxada de “pé-frio”, mas nunca desistiu e hoje é frequentadora assídua da Vila Capanema. Certa vez em 2008, com o time brigando para não cair para a série C em um jogo contra o Marília, ela protagonizou uma cena peculiar e cômica ao gritar para os jogadores do Tricolor atacarem pelo outro lado, porque do lado “de cá” estavam filhotes de quero-quero.
Minha esposa não atenta muito ao futebol, mas eventualmente me acompanha, junto a minhas filhas, na Vila. É uma mãezona tricolor também.
Dona Ivone, pra mim, é a corneta mais querida da reta e a Ana Clara é a minha sofazeira preferida. Feliz Dia das Mães à minha e a todas as mães paranistas!
Vejo você na Vila!
Henrique Ventura
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