Acabou nosso 2013 futebolístico do modo como não queríamos. Sem o acesso, até parece que foi em vão todo nosso esforço e apoio ao longo do ano. Se considerarmos a perda do objetivo desse ano, é verdade. Mas se levarmos em conta a aproximação que criamos entre torcida, time e diretoria, dá pra dizer que valeu a pena – mesmo com a pixotada que esses jogadores e a comissão técnica fizeram.
Eu, particularmente, não estive nos dois jogos em Florianópolis e nem no jogo em Joinville. Mas, com muito orgulho, estive em boa parte dos “SemPRe em casa”, fui a Chapecó e levei comigo para lá, pela primeira vez, minha filha caçula – com seus 6 meses incompletos à época – ao estádio, fui ao aeroporto junto com outros 299 apaixonados receber um time sem alma que vinha de três derrotas e um empate; participei da ação da Paranautas para patrocinar o clube, estive em quase todos os jogos na Vila Capanema, “converti” amigos ao paranismo.
E tenho certeza que, dos que não fizeram isso, muitos queriam fazê-lo mas, por todo o receio e melindre que anos de insucesso nos causaram, preferiram a medida mais conservadora – e ninguém deve ser julgado por isso.
Só que os que ainda tem seus dois pés atrás com o retorno do Tricolor às glórias precisam ser incentivados a entrar nessa “corrente do bem”. E o melhor modo de incentivá-los é mostrar que, a cada vez, mais paranistas se tornam mais apaixonados por esse clube lindo. E é nesse aspecto que 2013 se torna histórico e importantíssimo. Não subimos, mas vamos levantar alguns pontos. Há quanto tempo não passávamos um ano invictos em clássicos? Talvez tenha sido a primeira vez na história. A última vez em que começamos e terminamos o Campeonato Brasileiro com o mesmo treinador foi em 2006, ano em que nos classificamos à Libertadores. Dobramos nossa média de público em relação ao primeiro ano pós-rebaixamento. A torcida realizou gestos ímpares e inéditos em prol do clube.
2013 pode parecer ter sido desastroso, mas foi, sim, histórico e no futuro ainda colheremos bons frutos do que foi plantado neste ano. A luta não pára, mas fica cada vez menos inglória.
Departamento de Futebol
Roque Junior é a bola da vez para gerenciar o carro-chefe do clube. Não tenho subsídios para prever seu trabalho, embora goste da repercussão que ele já causou internacionalmente ao assumir tamanho compromisso. Só espero que, a partir do ano que vem, o departamento de futebol seja mais proativo e não se limite a apenas contratar e dispensar. A falta de um monitoramento mais próximo do ambiente e do trabalho dos atletas e da comissão técnica nos tirou o acesso esse ano e é um erro que não pode voltar a ser cometido.
Corneta do Bem
Antes de parecer injusto, deixo claro: eu sei que não depende só de um departamento, existem outros funis no clube (pessoal, estrutura, dinheiro…), mas não dá pra não levantar a lebre.
Primeiro, deixo no ar a pergunta se há possibilidade de o clube acionar a Kanxa pelo descaso, pela pirraça ridícula realizada nesse ano com a entrega de materiais (que atinge também a Paranautas, que ainda não recebeu lotes de produtos prometidos para o mês passado por parte da desorganizada fornecedora). De qualquer modo, tenho bons indícios e esperança de que vem mudança de empresa deste setor, ainda bem. O trabalho parece ser árduo nesse sentido no marketing paranista.
Segundo, não dá pra aceitar que o espaço que nos é de direito no hipermercado Big Torres esteja há quase três anos inativo. Percebe-se que foi mudada alguma coisa, dá pra ver que o visual novo da loja parece ser bem interessante, mas as obras estão paradas. O que acontece? Entendo que falta dinheiro, que o orçamento do clube é “cobertor de pobre”. Será que é só a falta de grana o problema? Será que tem “peixe grande” esquecendo na gaveta os contatos e orçamentos para seguir a obra adiante? Será que tem um “funil” centralizando as coisas, dizendo que vai atrás, mas deixando a loja ao relento? Com a palavra, a diretoria.
Terceiro, acredito que esteja havendo uma estruturação de um departamento comercial, já ouvi de várias pessoas ligadas à diretoria de que o pensamento sobre isso é de que é algo urgente. Se vale mais um conselho de um leigo, é fundamental tornar mais ágil o licenciamento de produtos. É constante a reclamação de paranistas sobre não encontrar produtos com a nossa marca nas mais diversas lojas. Vale lembrar que não é todo mundo que pode/quer ir à Kennedy.
Vejo você na Vila!
Henrique Ventura
@henventura
Todos os domingos, aqui na Paranautas!
Já baixou o app da Paranautas? Baixe agora e fique por dentro de todas as novidades do Tricolor e da Paranautas:
*Nota: O conteúdo postado neste espaço (colunas) é de responsabilidade exclusiva do autor, não necessariamente refletindo a opinião da Paranautas sobre os temas aqui abordados.