A situação financeira do nosso clube continua crítica. Após várias medidas, várias “vaquinhas”, bingos, perda de patrimônio, vendas de jogadores, ainda passamos aperto nas finanças e ainda existem bombas por estourar.
Nessas horas muita gente ousa falar que somente um sheik árabe multibilionário poderia resolver a situação do clube. Bom, tenho minhas dúvidas. Para resolver de vez os problemas do clube, precisa-se, primeiro, saber realmente o tamanho TOTAL da dívida que assola o Tricolor. Desde o menor fornecedor até o maior credor trabalhista, judicial ou fiscal.
Sendo simples e direto: se um bilionário batesse hoje à porta da sede da Kennedy com a proposta de assinar um cheque que pagasse todas as pendências financeiras – as já consolidadas e o valor máximo atingível das que ainda correm na justiça – do Paraná Clube, mas sem assinar um cheque em branco, a diretoria saberia passar a ele o valor exato? Ou perderíamos esse “negócio das Arábias” por não termos esse número em mãos?
Creio que o momento de perguntar isso é chegado, porque – não é de hoje – o Paraná está sempre “passando o pires” e apelando para ajudas extras de empresários e da torcida e a situação nunca se resolve por completo. Eu não pretendo que a diretoria venha a público e diga “Olha, galera, precisamos de exatamente x milhões para sairmos de vez da merda” – embora fosse muito louvável, não fosse a imagem que seria passada a potenciais parceiros ou investidores. Só quero que a diretoria tenha essa informação o quanto antes. Sem isso, qualquer melhora que apresentemos em nosso quadro será paliativa e temporária, até a próxima greve de funcionários e servidores ou até o próximo leilão de algum bem.
Apesar de tudo isso, mesmo com todos os desgostos recentes, o torcedor é peça fundamental para que a situação não piore. Se nós não carregarmos o clube no colo, aí é que a coisa desanda de vez. Nunca é demais reforçar que é importante que o paranista associe-se (como sócio torcedor ou sócio olímpico), vá ao estádio, compre produtos oficiais, faça o que estiver ao seu alcance para contribuir com a instituição. Afinal, vale lembrar, a queda no número de sócios após a amarelada de 2013 tem grande parcela de culpa na crise que culminou com a eliminação no Ruralito desse ano.
Milton Mendes
Não é segredo que eu não gostava do trabalho dele. Até acredito que ele tenha potencial, de verdade, mas aqui ele apresentava falhas que eram inaceitáveis para os objetivos do clube que tem uma torcida carente e exigente como a nossa, não era mesmo o técnico que nos levaria à série A de 2015.
Porém, não posso deixar de destacar o respeito que ele mostrou pela nossa instituição. Inclusive, no programa Papo de Craque da rádio Transamérica desta quinta-feira, ele declarou que vai se associar ao Paraná Clube. É realmente louvável que um cara que chegou aqui há três meses se identifique tanto com o Tricolor e mostre tanto ou mais respeito pelo clube do que muito paranista que já se afastou há muito tempo. Valeu pela tentativa de trabalho aqui, Milton! Quem sabe em outro momento você esteja mais pronto para treinar o clube com o qual você diz ter se identificado.
Estádio
Até julho devemos ter mais notícias sobre a situação dos planos de melhoria de nossos estádios e da nossa estrutura.
Olho nele!
Seguem mais jogadores com potencial para preencherem lacunas do elenco do Paraná Clube.
Cristiano – Atacante – Maringá: já foi artilheiro da segundinha do Ruralito no ano passado e esse ano vem sendo fundamental pro time da cidade-canção. Joga o ~feijão-com-arroz~, mas quando a bola sobra pra ele na área ele tem sido inapelável.
Luis Eduardo – Lateral Esquerdo – São Caetano/SP: Lateral lúcido, técnico e bem ofensivo. É a principal válvula de escape e um dos poucos destaques do time paulista que luta para não cair à série A3 do estadual. Atua com intensidade durante os 90 minutos tem, também, um bom chute nas jogadas em diagonal.
Vejo você na Vila!
–
Henrique Ventura
@henventura
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