Nos últimos dias, um portal vinculado à maior rede de comunicação da nossa província do nosso estado publicou uma série de reportagens sobre a crise crônica no Paraná Clube. Nessas matérias constavam exemplos de times de outros estados que quase foram à falência e/ou não possuem expressão mas que conseguiram sucesso em campo ou “a volta por cima”.
Para fechar a série com chave de merda, uma matéria com um resumo (conforme pode ser visto AQUI). No quadro, conselhos nas diversas áreas. Quanta balela. Até parece que alguém, fora os torcedores, sócios e conselheiros, quer de fato o bem do Tricolor. Dessa falsidade abro mão, obrigado.
O que eu mais acho engraçado, nesses momentos de crise, é a quantidade de gente que diz ter as soluções prontas para o Paraná Clube, como se elas já existissem, fossem fáceis de se aplicar mas só não fossem realizadas porque a diretoria não quer, como se fosse uma receita de bolo. (Exceptuo dessa citação – apesar de discordar parcialmente do conteúdo – a nota oficial da Torcida Fúria Independente, porque foi redigida por torcedores que estão semPRe na “linha de frente” na luta por um Tricolor forte de verdade, como nunca se viu).
Os conselhos provenientes de tudo que é canto usam termos genéricos e são entoados, de um modo geral, com uma empáfia digna de quem só falta dizer: “se fosse eu administrando isso aí, esse clube não estava assim”. Sim, incluo ex-presidentes e ex-dirigentes oportunistas nessa crítica. Quem se doer, que se foda.
Mas na hora de comparar os conselhos e exemplos com a realidade de um clube que une, ao mesmo tempo, uma história intensa, um estatuto ímpar e um legado tenebroso e ainda não devidamente mensurado, todo mundo se faz de morto.
A situação do Tricolor é terrível, sim. O Paraná Clube precisa, mesmo, de ajuda. Mas de ajuda real, viável e sincera. Pitacos prolixos e carregados de veneno, desdém e falsidade não são bem vindos. Sinceramente, pitaqueiros de plantão da imprensa, enfiem isso em vossos rabos.
Cornetrânsito
Já enviei, em 01/10/2013, uma solicitação à prefeitura de Curitiba implorando operações específicas nas entradas e saídas de jogo na Vila Capanema para a travessia de pedestres de um lado a outro na Av. Rebouças, com protocolo de número 5045733. A resposta, absurda, cita que “EM TODOS OS EVENTOS (…) É REALIZADO (sic) OPERAÇÕES DE TRÂNSITO COM ACOMPANHAMENTO DA SETRAN”. Não é o que se vê nas saídas de jogo. A faixa de pedestre mais próxima é situada a 300 metros da saída e quem tenta atravessar a Avenida Rebouças precisa literalmente se aventurar. Passou da hora de a SETRAN prestar atenção nisso e, é claro, o clube pressionar também a Prefeitura de Curitiba. Afinal, vão esperar alguém se machucar seriamente pra fazer algo?
Rendimento do time
Claudinei Oliveira vem fazendo milagre. Contra o ABC, finalmente o bom futebol foi aliado a um bom resultado. Tomara que essa tendência de evolução prossiga.
Vejo você na Vila!
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Henrique Ventura
@henventura
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