Para quem achava que teríamos um fim de temporada sem emoção…surpresa! Estamos nós a dois pontos da zona de rebaixamento para a série C.
Não é novidade, para quem acompanha minha coluna, que acho que desde o começo do ano nossa meta de campo para 2014 é evitar a terceirona. E o Paraná vinha bem nesse objetivo após a Copa do Mundo, administrando bem sua distância em relação à temida zona.
Mas a coisa desandou. Tudo deu errado e lá estamos nós nessa angustiante luta contra um trágico acontecimento que pode detonar de vez o futuro do nosso Tricolor.
Comecei a escrever essa coluna as 21h dessa segunda-feira, 10/11/2014. Nesse mesmo horário, mas amanhã – terça-feira -, o Paraná Clube estará em campo defendendo sua permanência na série B que, se não é o ideal, o patamar em que crescemos vendo nosso time, é menos pior que uma divisão ainda mais baixa. Menos mau que nosso cenário ainda é mais favorável que a maioria de nossos adversários diretos.
Em caso de rebaixamento (BATE NA MADEIRA) Podemos enumerar mais de um culpado. Desde a diretoria, passando pelos atletas e até pelos torcedores que se omitiram (que não julgo mais, afinal, é foda aguentar tanta porrada mesmo), todos teriam culpa, uns maior, outros menor. Mas, hoje, só os jogadores podem definir essa história. Eles é quem entram em campo. Logo, em caso de fracasso, eles serão sim os responsáveis imediatos por isso, independente de todos os erros de diretoria, comissão técnica e torcida.
Esse grupo já foi digno de muitos elogios – e eu mesmo os teci aqui nesse espaço em outras vezes. Mas a apatia demonstrada contra o Vila Nova mostra que os atletas também merecem um baita puxão de orelha.
Mas, em vez desse puxão, faço um apelo. Que os jogadores que entrarem em campo façam como nós: esqueçam, por 90 minutos, todas as decepções. Pensem em poder contar aos seus familiares que vocês foram profissionais e evitaram um vexame histórico. Os problemas extra-campo não são de hoje. E não serão resolvidos (bem pelo contrario…) com um boicote em forma de rebaixamento.
A briga contra o descenso é como se fosse uma suruba imensa, em que ninguém sequer cogita usar camisinha. E o Paraná Clube entrou nela porque quis, como se fosse a mulher mais ~saidinha~ da faculdade. Logo, nós, torcedores já estamos fodidos. Só que um evental rebaixamento seria como sairmos grávidos dessa fornicação conjunta. Fodidos, grávidos e sem dinheiro, só nos restaria procurar o pai da criança. Peço aos atletas que evitem ter que fazer esse teste DNA, usando duas vitórias -começando por amanhã – e um empate como se fossem a camisinha nessa nojenta e mórbida metáfora pornô.
E, aos torcedores que ainda tem um resquício de fôlego: vamos lá pra Vila! Apoiar será importante. Ainda dependemos só das forças do Paraná Clube pra evitar mais essa vergonha. A situação ainda nos é favorável e há de continuar assim.
Vejo você na Vila!
–
Henrique Ventura
@henventura
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